Negócio Jurídico
Resumo completo sobre Negócio Jurídico
FATOS JURÍDICOS (lato sensu)
* Fatos Naturais (ordinários: comuns, esperados - Exs.: nascimento,
morte, completar 16, 18, 70 anos; extraodinários: ocorrem raramente,
sendo impossível prevê-los, tampouco evitá-los. Casos fortuitos, força
maior -> ex:. terremoto)
* Atos Jurídicos: ( Lícitos: ato jurídico propriamente dito - vontade
simples; negócio jurídico: vontade qualificada; ato-fato jurídico: o ato
humano visto pelo Direito como fato, ou seja, os efeitos jurídicos
nascem de um comportamento humano, contudo, por não ser razoável
invalidar o ato, considerar-se-á o ato como fato. Ex: Um menino de 8
anos de idade compra um sorvete, porém, aquele não possui capacidade
jurídica para tal, mas não invalida-se o ato, por não ser razoável, e
sim considera-se como fato. . Ilícitos: antijurídicos; contrários à lei)
NEGÓCIO JURÍDICO
Conceito: É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o
intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos. Para
diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se que no
primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por
sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o
conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são
previstos em lei, ao passo que no Negócio jurídico alguns efeitos
decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes.
* Interpretação dos negócios jurídicos: Arts.112,113,114 CC e Arts. 421,422,423 CC
* Existência: Fato de existir o negócio jurídico. Ex:. Compra e venda de objeto.
* Validade: Aceitação legal do negócio jurídico.
REQUISITOS DE EXISTÊNCIA
- Manifestação da vontade
"A vontade é pressuposto básico do negócio jurídico e é imprescindível que se exteriorize.
Do ponto de vista do direito, somente vontade que se exterioriza é
considerada suficiente para compor suporte fático de negócio jurídico. A
vontade que permanece interna, como acontece com a reserva mental, não
serve a esse desiderato, pois que de difícil, senão impossível,
apuração." (GONÇÁLVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: volume
I, Parte Geral. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007).
* Expressa: manifestação de vontade clara, por meio de sinais, gestos, não necessariamente escrita, não podendo deixar dúvidas.
* Tácita: nesse caso, da atitude da parte se deduz a vontade. Ex: um
táxi estacionado em seu ponto ou próximo a eventos. De tal atitude, se
deduz que ele esteja disponível.
* Presumida ( ART. 539, ART. 1807 CC): aquela que decorre da lei. Ex:
Financiamento. Quando o credor paga a última parcela, presume-se que
houve a quitação da dívida, salvo se comprovado o contrário.
Obs:
O Silêncio como manifestãção de Vontade -> Art 111 CC: O Silêncio
importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e
não for necessária a declaração de vontade expressa.
Reserva Mental -> ART. 110 CC: A manifestação de vontade subsiste
ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que
manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
- Finalidade Negocial
A Finalidade negocial ou jurídica é o propósito de adquirir, conservar,
modificar ou extinguir direitos. Sem essa intenção, a manifestação de
vontade pode desencadear determinado efeito, preestabelecido no
ordenamento jurídico, praticando o agente, então, um ato jurídico em
sentido estrito". (GONÇÁLVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro:
Vol I, Parte Geral. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007).
- Idoneidade do objeto
Relação estrutural em vista ao negócio jurídico. "Assim, se a intenção
das partes é celebrar um contrato de mútuo, a manifestação da vontade
deve recair sobre coisa fungível. No comodato, o objeto deve ser coisa
infungível. Para a constituição de uma hipoteca é necessário que o bem
dado em garantia seja imóvel, navio ou avião". (GONÇÁLVES, Carlos
Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol I, Parte Geral. 4ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2007).
REQUISITOS DE VALIDADE
Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
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